O extremo século XX

século XX

Para muitos alunos, o século XX é um dos assuntos mais interessantes de história para pré-vestibular. Em vestibulares de uma maneira gera, o assunto costuma aparecer mais referente à história republicana brasileira, porém em muitas específicas, o século XX mundial também é recorrente.

Um dos historiadores da Idade Contemporânea mais célebres que conhecemos foi um sujeito chamado Eric Hobsbawn. O ENEM, inclusive, já trouxe dois livros dele para a prova em formato de interpretação. Mas enfim, o que nos interessa do Hobsbawn é que ele classificou o século XX como a “Era dos Extremos” e isso nos ajuda MUUITO a entender esse período da história mundial.

Segundo ele, o século XX foi marcado como a Era dos Extremos devido aos acontecimentos drásticos que vão marcar o período como um todo: Primeira Guerra Mundial, Crise de 1929, ascensão dos nazifascismos, Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, fragmentação da União Soviética etc. Tudo isso vai marcar o que ele chama de “o breve século XX”.

A maior guerra que o mundo até então já teria visto eclodiu em 1914, colocando um fim ao que ficou chamado de Belle Epoqué – a “bela época”, marcada pelo otimismo da burguesia europeia. Os avanços bélicos da Segunda Revolução Industrial do final do século XIX trouxeram inovações como a metralhadora, que marcaram a alta mortalidade do conflito. Sem contar as guerras químicas.

Com o fim da guerra, eclode anos mais tarde a maior crise capitalista da história mundial: a Crise de 1929. Os efeitos foram sentidos em todos os mercados capitalistas internacionais, aprofundando a crise europeia e deixando a América Latina em uma situação econômica preocupante.

Nesse cenário de crise europeia somado aos discursos revanchistas nacionalistas, o extremismo ganhava força política, levando ao poder o Fascismo como uma maneira de se evitar o avanço do bolchevismo. O desenho de mais uma guerra vinha se formando na geopolítica mundial.

Mais uma vez, o mundo se via mergulhado em disputas de sangue por discursos expansionistas e de defesa de um patriotismo imaginário. Um conflito, inicialmente europeu, se expandia pelo mundo como uma continuidade da Grande Guerra. Hobsbawn questiona inclusive se houve uma “primeira” e “segunda” guerra, mas sim uma “Guerra de 31 anos (1914 – 1945)”, como uma espécie de continuação simbólica dos conflitos.

O fim da Segunda Guerra Mundial não traria alento para o mundo. Agora, duas superpotências disputavam, por meio de guerras indiretas que fragmentava países, áreas de influência em todos os continentes. E 1961? A iminência de uma guerra atômica que marcou a crise dos mísseis foi um dos momentos mais perigosos para a humanidade como um todo.

Guerras. Sangue. Disputas. Crises. Regimes de exceção. A chamada Era dos Extremos faz jus ao seu nome e marcou o século XX como um dos mais mortíferos da história do mundo. A análise do historiador Eric Hobsbawn nos ajuda a entender melhor esse período de tanto interesse dos vestibulandos.

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