Em entrevista coletiva realizada em Brasília nesta quarta (3), o novo presidente do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), Alexandre Lopes, comunicou que a partir de 2026 as provas do Enem, incluindo a de redação, deixarão de ser aplicadas em papel. O processo de transição começará no próximo ano por meio de um projeto-piloto para 50 mil candidatos em 15 capitais, que custará aos cofres públicos cerca de R$20 milhões.
Segundo Lopes, os participantes vão poder escolher no ato da inscrição se optarão pela prova tradicional ou se desejam participar desse projeto-piloto. Caso aconteça algum problema logístico na prova digital, aqueles que escolheram essa modalidade poderão participar de uma reaplicação.
A mudança será feita de forma progressiva:
- Em 2020 teremos três aplicações: a regular em papel, a prova digital e uma reaplicação para candidatos de locais que enfrentaram problemas logísticos na mesma data do Enem para Pessoas Privadas de Liberdade (PPL);
- Em 2021, a prova digital continua sendo opcional, porém, com duas aplicações desta nova modalidade e uma da prova tradicional em papel;
- De 2022 a 2025, será aumentada a quantidade de provas ao longo do ano, até chegar no modelo esperado: 4 aplicações do Enem digital durante o ano. Chegando em 2026 sem a aplicação tradicional das provas de papel.
O projeto-piloto do Enem digital acontecerá nos dias 11 e 18 de outubro de 2020. Já a edição tradicional com as provas em papel, nos dias 1º e 8 de novembro de 2020. A reaplicação para os dois modelos será realizada em dezembro.