O combate ao preconceito linguístico no Brasil do século XXI

Toda segunda-feira liberamos um novo tema de redação para nossos alunos praticarem. Nesta semana, o tema em questão é: “O combate ao preconceito linguístico no Brasil do século XXI“. Para ter acesso à correção, adquira qualquer um dos nossos pacotes que contenham o Curso Completo ou Redação na Prática! Confira aqui.

Texto 1

preconceito linguistico

(http://sopadeletrasunip.blogspot.com.br/2012/10/pluralidade-cultural-pluralidade.html)

 

Texto 2

MEC defende uso de livro didático com linguagem popular

Em nota enviada ao iG, ministério chama atenção para a escola como local de combate ao preconceito linguístico

Para o Ministério da Educação (MEC), o papel da escola é não só o de ensinar a forma culta da língua, mas também o de combate ao preconceito contra os alunos que falam “errado”. Em nota enviada ao iG, o órgão ressalta a existência de uma descriminação linguística e defende a adoção do livro didático de língua portuguesa Por uma vida melhor , da coleção Viver, aprender que dedica um capítulo ao uso popular da língua.

“O reconhecimento da variação linguística é condição necessária para que os professores compreendam o seu papel de formar cidadãos capazes de usar a língua com flexibilidade, de acordo com as exigências da vida e da sociedade. Isso só pode ser feito mediante a explicitação da realidade na sala de aula”, diz a nota da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad), que defende o uso do livro pela sua capacidade de trabalhar o preconceito linguístico.

A apostila que traz expressões como “nós pega o peixe” ou “os menino pega o peixe” é o único livro de português que foi distribuído neste ano pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos (PNLDEJA) do MEC. Com isso, quase 500 mil alunos de 4.236 escolas tiveram acesso ao texto, de acordo com dados do ministério.

A obra é adotada por escolas que se inscrevem no programa do governo federal e que atendem estudantes vindos dos programas de alfabetização ou que retornam à escola para concluir seus estudos. Em nota, o MEC informa que os livros são indicados e distribuídos, mas as escolas têm autonomia para complementar o material encaminhado.

Ao defender o uso do volume da coleção Viver, aprender, o MEC explica que o combate do preconceito linguístico e a valorização da linguagem do aluno estão previstos no documento que contém os Parâmetros Curriculares Nacionais, de 2000.

“Os livros apresentam objetivos coerentes e compatíveis com as Diretrizes Gerais da Educação de Jovens e Adultos. Propõem uma abordagem que considera uma situação de interlocução socialmente contextualizada, procurando levar em conta os saberes prévios dos alunos”, diz a nota, que reproduz ainda parte dos Parâmetros Curriculares.

“A escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma ‘certa’ de falar; a que parece com a escrita; e o de que a escrita é o espelho da fala. Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural”. Essa é a orientação curricular nacional citada pelo MEC como motivo de promover a segurança dos estudantes para “expressar a ‘sua voz’”.

(http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/mec-defende-uso-de-livro-didatico-com-linguagem-popular/n1596949085987.html)

Texto 3

Implicações da questão da variação linguística para a prática pedagógica

A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Ela sempre existiu e sempre existirá, independentemente de qualquer ação normativa. Assim, quando se fala em Língua Portuguesa está se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades. […] A imagem de uma língua única, mais próxima da modalidade escrita da linguagem, subjacente às prescrições normativas da gramática escolar, dos manuais e mesmo dos programas de difusão da mídia sobre o que se deve e o que não se deve falar e escrever, não se sustenta na análise empírica dos usos da língua.

Ministério da Educação, Parâmetros curriculares nacionais, Língua Portuguesa, 5ª a 8ª séries, p. 29

 

Texto 4

“(…)As formas prestigiadas de uso da língua, como vimos, estão tradicionalmente muito vinculadas à escrita literária, à língua escrita de modo mais geral. Com tatos analfabetos plenos e funcionais, lamentar a “decadência” ou a “corrupção” da “língua culta” no Brasil é, no mínimo, uma atitude cínica.

Segundo, por razões históricas e culturais, a maioria das pessoas plenamente alfabetizadas não cultivam nem desenvolvem suas habilidades linguísticas, ou seja, não cultivam nem desenvolvem o seu próprio letramento, a sua inserção no universo letrado. Ler e, sobretudo, escrever não fazem parte da cultura das nossas classes sociais mais escolarizadas. Isso se prende aos velhos preconceitos de que “brasileiro não sabe português” e de que “português é difícil”, veiculados pelas práticas tradicionais de ensino. Esse ensino tradicional, como eu já disse, em vez de incentivar o uso das habilidades linguísticas do indivíduo, deixando-o se expressar livremente para somente depois corrigir sua fala ou sua escrita, age exatamente ao contrário: interrompe o fluxo natural de expressão e da comunicação com a atitude corretiva (e muitas vezes punitiva), cuja consequência inevitável é a criação de um sentimento de incapacidade, de incompetência.

Além disso, nossa população socieconomicamente mais privilegiada não faz da leitura um de seus hábitos culturais mais frequentes. A compra de livros para simples fruição da leitura, pelo prazer de ler, não faz parte dos hábitos de consumo de nossas classes médias e médias altas.”

(BAGNO, Marcos. Preconceito Linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 2013. P. 132-)

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema O combate ao preconceito linguístico no Brasil do século XXI, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Instruções

– O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

– A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.

– A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

– A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.

– A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

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