A persistência da invisibilidade seletiva no Brasil

QGnianos, o tema de redação do Curso Redação na Prática está  disponível! Hora de praticar! Todas as nossas redações são corrigidas pela Imaginie! Não vai perder essa, né? Para ter acesso a essa correção, você deve ser um QGniados do  Acesso Ilimitado ou Curso Redação na Prática. O pessoal do Redação na Prática tem 15 dias para enviar sua redação e a galera do Ilimitado 7 dias, ok? Agora chega e vamos trabalhar no tema:  A persistência da invisibilidade social no Brasil

Atenção: Para os alunos do curso Redação na Prática, o prazo de entrega é até 29/04. Já para os alunos do Ilimitado, o prazo é até o dia 16/04.

Curso Redação na Prática: as redações deste tema podem ser entregues até o dia 29/04/2018.

Ilimitado: as redações deste tema podem ser entregues até o dia 16/04/2018.

 

Tema: A persistência da invisibilidade seletiva no Brasil

Texto 1

 Pesquisa mostra que a invisibilidade pública está especialmente ligada à segregação das classes sociais

 O professor Fernando Braga da Costa é doutor em Psicologia Social e professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo. (…)

Costa ficou conhecido por sua obra chamada Homens Invisíveis. Ela é baseada numa experiência pessoal para um trabalho de pesquisa. “Durante dez anos trabalhei como gari dentro da cidade universitária da USP, duas vezes por semana. Comecei fazendo iniciação científica e, depois, virou mestrado e doutorado. Queria perceber o impacto de enfrentar essa situação não só sob o aspecto das condições insalubres de trabalho, mas entender a própria situação psicossocial na qual o trabalhador braçal se encontra. Percebi que há uma grande dificuldade da gente se situar num lugar simbólico que é diferente do que a gente está habituado, na condição de professor universitário ou de profissional liberal. Tudo muda. A maneira como as pessoas te recebem, a maneira como você é visto ou não visto, no caso dos garis.”

 

O professor relatou um caso que ilustra bem toda a experiência. Contou que um professor vizinho de bairro dele costumava encontrá-lo eventualmente nos finais de semana. “Ele me chamava pelo nome, inclusive. ‘O Fernando, como é que você está?’ . E eu respondia: ‘Tudo bem’ . Certa vez, dois dias depois de um desses encontros ocasionais, ele esbarrou em mim dentro da cidade universitária. Não só não me reconheceu como também não me cumprimentou. Obviamente, nesse dia eu estava trajado com uniforme de gari, varrendo. Não há nada que explique aquele fato a não ser de eu estar com roupas diferentes das usuais”.

 

Para Costa, os garis, de modo geral, têm consciência da invisibilidade. “Nós é quem não sabemos. Nós, os cegos psicossociais, é que somos ignorantes sobre a invisibilidade que nós próprios reproduzimos com esses trabalhadores”. Prova dessa consciência plena e absoluta, explica o professor, é que, se repararmos, raros são os trabalhadores braçais que usam uniforme fora do local de trabalho. “Sempre que possível, eles trocam a roupa de trabalho, inclusive porque o uniforme não é uma roupa pessoal, é uma roupa que faz com que todos nós pareçamos idênticos uns aos outros, coisa que ninguém é”, complementa.

 

Origens – Mas, de onde surge essa invisibilidade? Segundo Fernando Costa, é impossível falar a respeito disso sem recorrer à história humana, de uma forma geral. “Isso é sustentado por dois fatores ou pelo cruzamento de dois conjuntos de fatores sociais e psicológicos. A gente pode associar o fenômeno da invisibilidade pública especialmente à segregação social em classes, coisa que não é invenção do capitalismo, mas que o capitalismo perpetua, naturaliza. Isso também é sustentado por aspectos psicológicos. Isto é, avaliações individuais de pessoa para pessoa. Portanto, se refere à sensibilidade a partir da presença de alguém perto dessas pessoas. De qualquer maneira, tudo isso é bastante complexo e nunca é facilmente inteligível, porque demanda sempre um estudo crítico não superficial. Eu resumiria da seguinte forma: há aspectos na invisibilidade que tem a ver com essa segregação social. Em outras palavras, quanto mais distante de mim, socioeconomicamente falando, maior a probabilidade de um sujeito ficar automaticamente invisível aos meus olhos. Quando essa proximidade é maior, raramente se dá esse fato.” (…)

(www.jornal.uem.br)

Texto 2

invisibilidade seletiva

(charges.uol.com.br)

 

 Texto 3

 Problema Social (Seu Jorge)

Se eu pudesse eu dava um toque em meu destino
Não seria um peregrino nesse imenso mundo cão
Nem o bom menino que vendeu limão e
Trabalhou na feira pra comprar seu pão

Não aprendia as maldades que essa vida tem
Mataria a minha fome sem ter que roubar ninguém
Juro que nem conhecia a famosa funabem
Onde foi a minha morada desde os tempos de neném
É ruim acordar de madrugada pra vender bala no trem
Se eu pudesse eu tocava em meu destino
Hoje eu seria alguém

Seria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social
Se eu pudesse eu não seria um problema social

 

Texto 4

 invisibilidade seletiva 2

Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A persistência da invisibilidade social no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

  

Instruções

– O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.

– A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero.

– A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero.

– A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero.

– A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

 

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