O que Cinemática tem a ver com a Copa?

Existe alguma possibilidade de se relacionar física e futebol? A resposta é óbvia. Uma das relações que sempre se faz, foi a da cobrança de falta do lateral direito da seleção brasileira, Roberto Carlos, no Torneio da França em 1997. Aquele gol de falta fez uma curva insana. Agora, em 2018, estando no meio de uma Copa do Mundo, surgiria um momento onde alguma coisa surpreendente apareceria. Dê uma olhada no seguinte trecho de uma matéria do El País Brasil:

“Mbappé combina a leveza com uma potência descomunal para arrancar de repente. Se seu primeiro gol contra a Argentina, esquivando-se de rivais com uma mudança de passos em quatro metros com a facilidade de quem traça uma linha reta, resume seu gênio, no primeiro da França, que levou ao pênalti anotado por Griezmann, bateu o recorde de velocidade do campeonato com 37 quilômetros por hora em pouco mais de dez metros de aceleração. O recorde da Champions foi marcado por Gareth Bale com 33,5 quilômetros por hora depois de 20 metros de sprint.”

Ora, existem várias definições de física circulando no meio acadêmico. Porém, uma que ganhou destaque imediato é de que Física é o estudo do movimento e uma das áreas na qual isso é notado com mais facilidade é na mecânica. O jogador francês atingiu um recorde de velocidade de “…37 km por hora no campeonato com um pouco mais de dez metros de aceleração”. Mas vocês se perguntam, como é calculada essa velocidade e aceleração?

Primeiramente, é relevante informar que a Cinemática é uma área da mecânica que é dividida em algumas partes, dentre estas, temos duas: a do Movimento Retilíneo Uniforme (MRU) e o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV). No primeiro caso, temos um movimento linear no qual a velocidade é constante, logo não temos aceleração. Denominamos como velocidade média o espaço percorrido ao longo de um determinado tempo, dessa maneira:

Sabendo que a letra grega utilizada diz respeito a uma variação e partindo de um tempo inicial igual a zero, temos que:

Chamamos essa última equação de função horária da posição do MRU.

Contudo, de forma óbvia e mais pertinente, por se tratar do exemplo em questão, o movimento acelerado é o que é mais abordado. MRUV, a velocidade da trajetória retilínea percorrida varia uniformemente, ou seja, tem-se uma aceleração que é constante ao longo de tal percurso. Dessa maneira podemos calcular essa aceleração como a razão entre a variação da velocidade por unidade de tempo, da seguinte maneira:
Sabendo que a letra grega utilizada diz respeito a uma variação e partindo de um tempo inicial igual a zero, semelhante a anteriormente, temos que:

Temos então a equação horária da velocidade no MRUV. Tal qual, em seguida, tem-se a famosa equação horária da posição no MRUV:

Esta é a que analisa a posição com a qual Mbappé se encontra conforme sua velocidade aumenta! Por isso, quanto maior for o “Sprint”, mais rápido ele chegará a uma determinada posição, pode parecer meio óbvio, mas explicar isso quantitativamente relaciona muita coisa que parece ser impossível (e de fato poucos conseguem) como física pura!

 

Com a final da copa chegando, o que será que prevalecerá? A maestria de Luka Modric ou a velocidade de Kylian Mbappé? Não sabemos, mas o que temos certeza é como física é uma material fundamental para o Enem, tornando-se primordial praticar. O QG lançou a pouco tempo o Curso de Questões, que tem por base a resolução de questões essenciais e de extrema importância para os vestibulares.

 

 

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